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Dia Mundial do Orgulho Autista alerta para a necessidade de conscientização da população sobre o Transtorno do Espectro do Autismo



A psicóloga e mãe de pessoa com autismo Frínea Andrade enfatiza que o combate ao preconceito contra as pessoas com TEA passa pela disposição de conhecer melhor suas diferenças e respeitá-las em suas peculiaridades


No dia 18 de junho é celebrado o Dia Mundial do Orgulho Autista. A data serve para conscientizar a população sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e representa um marco na luta contra os preconceitos enfrentados por pessoas com autismo diante de  grande parte da sociedade, uma barreira que precisa ser vencida. O transtorno atinge de 1% a 2% da população mundial. No Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas convivem com essa condição. Segundo dados do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos Estados Unidos, uma a cada quarenta e quatro crianças têm autismo.


O transtorno do espectro do autismo é uma condição de saúde caracterizada por  desafios  na comunicação verbal e não verbal, habilidades sociais e comportamentais, como interesse restrito, hiperfoco ou movimentos repetitivos. “O transtorno existe em vários subtipos. Ele é tão abrangente e complexo que utilizamos o termo ‘espectro’ devido às suas manifestações não se darem de maneira uniforme e aos seus vários graus que são classificados de acordo com a intensidade dos sintomas, podendo ser leve, médio ou grave. Geralmente, os principais sinais são observados logo na infância”, explica a psicóloga Frínea Andrade, do Instituto Integrarte.


A psicóloga Frínea Andrade também é mãe de um adolescente com autismo. Em 2009, Frínea recebeu o diagnóstico de TEA do filho Dmitri e decidiu ingressar na faculdade de Psicologia e, em 2017, fundou a Clínica Integrarte, hoje Instituto Integrarte, para dar apoio e cuidar de pessoas com diagnóstico de autismo. A partir de então, desenvolveu uma longa história de aperfeiçoamento e se engajou na causa. “Esta data funciona como uma oportunidade de compreendermos e apoiarmos as pessoas com autismo e suas famílias nesta luta árdua que pouco a pouco vem ganhando reconhecimento e a conquista dos seus direitos. Também é um momento para combater os estereótipos, reconhecer a individualidade de cada pessoa com autismo, aprender a interagir com ela e integrá-la”, observa a psicóloga. 


Os sinais do autismo são diversos e podem ser emocionais, sensoriais, cognitivos ou motores. O diagnóstico em geral é dado após os três anos de idade, mas os sintomas podem iniciar antes disso e os cuidados devem começar o quanto antes com a procura por um  especialista. Alguns sinais comuns são: dificuldade de olhar nos olhos enquanto alguém fala com a criança, não gostar de carinho e afeto, dificuldade de se adaptar a uma nova rotina, comunicação monótona e atraso de fala, o que traz a necessidade de quem convive com a pessoa com TEA desenvolver habilidades para se adaptar ao seu processo de aprendizagem. 


“O combate ao preconceito contra as pessoas com autismo está na nossa disposição de conhecermos melhor suas diferenças e respeitá-las em suas peculiaridades. O autismo não é uma doença, e sim, um modo diferente de se expressar e reagir. Ele não se agrava com o avanço da idade. No entanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e o tratamento, melhores serão a qualidade de vida e a autonomia da pessoa”, enfatiza a especialista

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