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Operação Smurf: Gaeco e Polícia Militar cumprem mandados de busca e apreensão em Alagoinha, Pesqueira e Garanhuns




O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (26), a operação Smurf, no Agreste de Pernambuco. A operação teve como alvo as cidades de Alagoinha, Pesqueira e Garanhuns. As equipes do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco/MPPE) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI/PMPE) cumpriram mandados de busca e apreensão em desfavor da Prefeitura de Alagoinha, empresas e servidores públicos. Até o momento, o prejuízo estimado aos cofres públicos é em torno de R$ 6 milhões.

Foram cumpridos ao todo onze mandados de busca e apreensão contra a Prefeitura de Alagoinha, empresas e servidores públicos.

O nome da operação vem do método conhecido como "smurfing", que consiste na lavagem de dinheiro, em que o criminoso distribui o dinheiro fracionado em diversas contas bancárias, variando os dias e locais para espalhar o montante com facilidade e dificultar o rastreio da polícia.

Segundo o promotor de Justiça Frederico Magalhães, coordenador do Gaeco, a investigação, que foi iniciada em 2019, almeja colher documentos e equipamentos eletrônicos que possam contribuir com a investigação em desfavor de nove alvos distribuídos nos três municípios, sendo a base em Alagoinha. “A operação está sendo realizada em empresas, residências e prédios públicos visando solidar a investigação e trazer mais subsídios que possam confirmar a hipótese apurada. A investigação ainda está em curso e não descartamos a possibilidade de novas atividades no futuro”, comentou o coordenador do Gaeco.

Na ocasião, houve apreensão de aparelhos celulares dos indivíduos alvos da operação, talões de cheque, notebook, HDs e pendrives, CPU, documentos e dinheiro. Além disso três pessoas foram conduzidas até a delegacia por portarem arma de fogo de forma irregular, sendo autuadas em flagrante na Delegacia de Belo jardim e liberados mediante o pagamento de fiança. Os investigados foram notificados para as oitivas a serem realizadas na próxima segunda-feira (30). O não comparecimento dos investigados poderá configurar crime de desobediência.

O primeiro imputado foi preso de posse de duas espingardas, sendo uma de calibre 28 e outra no calibre 36, além de munições dos dois calibres. A ação se deu durante o cumprimento do mandado de busca na casa localizada na R. Frei Gerônimo, Centro de Alagoinha e o atuado foi identificado como o agricultor Márcio Galindo de Oliveira, de 44 anos. Condução realizada pelo efetivo do 21º BPM, localizado em Vitória de Santo Antão.

A segunda ocorrência se deu com a apreensão de um revólver calibre 38 e cinco munições efetuada pelo 1º BIEsp sediado em Caruaru. Durante a busca no endereço localizado na Rua Padre João Ribeiro, nº 20, também em Alagoinha, Flávia Janaína de Oliveira Bezerra Campos, 39 anos, tentou se desfazer da arma jogando-a num terreno ao lado da casa, sendo localizada pelo efetivo policial que dava apoio na Operação. A arma pertencia a Fábio Campo Lima, tesoureiro da Prefeitura Municipal, alvo da Operação Smurf. O casal foi detido e encaminhado para as providências legais.

A operação contou com 11 promotores de Justiça, 60 policiais militares e 15 agentes do MPPE. Foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão. Três empresas estão envolvidas nos delitos. Cinco servidores públicos estão sendo investigados, sendo um vice-prefeito, um tesoureiro e um secretário municipal. Três pessoas foram presas e duas armas de fogo foram apreendidas.

A ação integrada ainda contou com apoio do BEPI (DIRESP) e de várias unidades da Diretoria do Interior I da PMPE (DINTER I), entre elas o 4º BPM, 15º BPM e 24º BPM, além das 5ª, 6ª e 11ª Companhias Independentes.

A segurança institucional dos promotores de Justiça e Servidores do MPPE foi realizada por policiais militares lotados na Assistência Militar e Policial Civil (AMPC), sendo quatro do Gaeco, quatro do Núcleo de Inteligência e mais sete dos GAP Agreste I e II, além de todo o apoio logístico da AMPC desde o planejamento inicial da operação.

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