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TV a cabo retrocede sete anos


A crise atinge em cheio as emissoras de TV a cabo. A perda supera 100 mil assinantes por mês, exceto fevereiro. Nesse ritmo, o total de consumidores até o final do ano será menor do que 16 milhões, retornando aos números de 2012. Cinco anos perdidos. Uma parte devido a programação dos operadores e outra ao avanço incontrolável dos serviços de streaming. No primeiro item, os assinantes deixaram o sistema devido ao custo do pacote, uma série de canais inexpressivos e outros que picotaram a grade com breakes de tamanhos abusivos e chamadas repetitivas. Há um vídeo da GloboNews, por exemplo, onde os correspondentes agradecem em inglês seus entrevistados, que seguramente está há mais de 1 ano no ar. 

E não há nada de novo à vista, a não ser a estreia da CNN Brasil, cuja data é desconhecida e tem foco no segmento da informação. Os demais canais vão continuar sofrendo com o dinamismo da Netflix e concorrentes. O Governo Federal continua falhando na forma de comunicar. A equipe que cerca Jair Bolsonaro – e talvez ele mesmo – acha que o público acredita em informações ingênuas ou sem transparência. O mais recente pacote envolve a internação e cirurgia do presidente. Foi criada toda uma preparação que o procedimento seria simples e relâmpago, de modo que o vice não precisaria ficar muito tempo no cargo. Resultado: o procedimento durou o dobro do tempo estimado e a recuperação vai atrasar, devido a colocação de uma sonda para alimentação. Super-homem só existe na ficção. Qualquer pessoa que faz cirurgia por três vezes no mesmo local precisa de tempo e paz para recuperar a forma. O País espera que Bolsonaro volte o mais rápido ao cargo, com saúde e menos bajulação no entorno.


Passo adiante: Anunciados esta semana como quase uma revolução no jornalismo, os telejornais noturnos da Record e Band estão longe disso, mas representam um passo adiante para elas. As reportagens ao vivo estão mais presentes, há tentativa de soltar mais o texto e os âncoras se levantam para chamar os vivos. Os dois têm cenários especiais. O da Record mais futurista, com tubos azuis e pretos. Já o da Band explorando nova cor nas artes (similar ao bordô). Os conteúdos mais importantes se assemelham, garantindo ao público atualização sobre os temas do dia. A Record vai mais adiante, experimentando interagir nas redes sociais e na escolha de pautas. O importante, de agora em diante, seria consolidar a audiência, mantendo os dois telejornais na grade, seguramente mais importantes que certos filmes e séries importadas. 

ND: O jornal Notícias do Dia adota soluções caseiras para mexer na equipe. Esta semana, saiu o editor-chefe Marcos Horostecki, substituído por Rodrigo Lima, que editava cidade e região. A coluna política de Altair Magagnin não ganhou substituto fixo. A redação tem feito notas tanto para o impresso como para internet, com reprodução também do blog de Paulo Alceu. Horostecki e Magagnin foram personagens de um questionamento interno sobre recente cobertura de evento em Brasília. Vaza Jato: As acusações de movimentação estranha em conta flagrada pelo Coaf, colocam na defensiva o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, e o marido, o deputado do Rio, David Miranda, dono da conta. 

Glenn tratou de divulgar ontem, 11, mesmo um vídeo de defesa, no qual usa o mesmo argumento de Sérgio Moro, "trata-se de algo obtido de forma ilegal". No mínimo Glenn é vítima do mesmo processo que vem afetando a operação Lava Jato, desde que ele vem publicando vazamento de conversas via Telegram dos integrantes da força tarefa. Não se sabe se a denúncia de ontem terá a mesma força. O certo é que David Miranda vai precisar de um repertório melhor de explicações, já é frágil que o dinheiro extra provém de contas e receitas obtidas nos Estados Unidos, depositados em dinheiro vivo por um funcionário de sua casa. Tudo indica que este assunto está aberto a complementações de dados.

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