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Câmara aprova projeto da reforma trabalhista




O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, na madrugada desta quinta-feira (27), a votação do projeto de lei da reforma trabalhista (PL 6787/16, do Poder Executivo). O texto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para prever, entre outras medidas, a prevalência do acordo sobre a lei, regras para o trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical obrigatória e da ajuda do sindicato na rescisão trabalhista. A matéria será enviada ao Senado.

Aprovada na forma do substitutivo do relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), a proposta estabelece que a convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho prevalecerão sobre a lei em 16 pontos diferentes, como jornada de trabalho, banco de horas anual, intervalo mínimo de alimentação de meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente. Poderão ser negociados ainda o enquadramento do grau de insalubridade e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho.
Em negociações sobre redução de salários ou de jornada, deverá haver cláusula prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência do acordo. Esses acordos não precisarão prever contrapartidas para um item negociado. O texto determina que mudanças na duração do trabalho e nos intervalos de alimentação não serão consideradas como normas de saúde, higiene e de segurança do trabalho, proibidas de serem negociadas por acordo. Além dessas normas, não poderão ser reduzidas ou suprimidas várias outras, como as garantidas pela Constituição e aquelas da CLT relativas a direitos de mulheres no ambiente de trabalho.

Acerto individual: Acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS seguirão os mesmos itens do acordo coletivo que prevalece sobre a lei. Entretanto, o acerto individual prevalecerá sobre o coletivo. Se esses empregados concordarem, poderá constar do contrato de trabalho cláusula de resolução de controvérsias por arbitragem.

Penhora: A única mudança feita pelo Plenário ocorreu com aprovação de emenda da deputada Gorete Pereira (PR-CE) para incluir no texto a dispensa para as entidades filantrópicas do oferecimento de garantia ou de bens à penhora em causas trabalhistas. A dispensa se estende àqueles que compuseram a diretoria dessas instituições.

Contribuição sindical: O texto de Marinho acaba com a contribuição sindical obrigatória de um dia de salário dos trabalhadores. Também acaba a contribuição patronal. Qualquer desconto para sindicato deverá ser expressamente autorizado. O Plenário rejeitou emenda do deputado Bebeto (PSB-BA) que propunha uma transição para o fim dessa contribuição ao longo de três anos.

Rescisão contratual: O substitutivo acaba ainda com a assistência obrigatória do sindicato na extinção do contrato de trabalho e em sua homologação. Segundo o texto, o ato da rescisão junto ao empregador, com anotação na carteira de trabalho, será suficiente para a liberação das guias de saque do seguro-desemprego e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Gravidez e insalubridade: Em relação à trabalhadora gestante, o relator propõe que ela deverá ser afastada das atividades consideradas insalubres em grau máximo durante toda a gestação. Atualmente, a CLT determina o afastamento da empregada gestante ou lactante de quaisquer atividades em locais insalubres. No caso de atividades consideradas insalubres em graus médio ou mínimo, será afastada delas se atestado de saúde de médico de sua confiança recomendar o afastamento durante a gestação.

No período da lactação, o afastamento também poderá ocorrer se atestado de médico de sua confiança assim indicar. Em todas essas situações, ela continuará a receber a remuneração normal, inclusive o adicional de periculosidade. Entretanto, esse adicional será compensado pela empresa no pagamento das contribuições devidas pela pessoa jurídica e incidentes sobre a folha de salários. Quando não for possível que a gestante ou a lactante exerça suas atividades em local salubre da empresa, sua gravidez será considerada de risco e a trabalhadora será afastada com recebimento de salário-maternidade durante todo o período de afastamento.

Tempo não conta: A redação da reforma trabalhista desconsidera como tempo trabalhado várias situações, após o período da jornada normal, nas quais o trabalhador ainda está na empresa, seja por escolha própria ou para buscar proteção pessoal: práticas religiosas; descanso; lazer; estudo; alimentação; atividades de relacionamento social; higiene pessoal; e troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Já o padrão de vestimenta no meio laboral será definido pelo empregador, enquanto a higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador.

Deslocamento: Segundo o texto, o tempo gasto pelo empregado de sua residência até a “efetiva ocupação do posto de trabalho” e para o seu retorno não será computado na jornada de trabalho, por não ser “tempo à disposição do empregador”. Isso valerá para trajetos feitos a pé, dentro da fábrica ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador. Nesse sentido, o projeto exclui a possibilidade prevista atualmente na CLT de acordos coletivos fixarem, no caso de micro e pequenas empresas, a forma de remuneração pelo tempo médio gasto pelo empregado para chegar a local de difícil acesso ou sem transporte público, quando for usado transporte fornecido pelo empregador.

Multa: Para coibir a fraude, o texto aumenta de um salário mínimo para R$ 3 mil pela falta de registro do empregado. O projeto original propunha R$ 6 mil. Se deixar de informar ao Ministério do Trabalho outros dados exigidos, como duração e efetividade do trabalho, férias e acidentes, a multa será de R$ 600,00.



Veja como votou os Deputados Pernambucanos



Adalberto Cavalcante (PTB)  SIM ------>22 votos recebidos de Limoeiro
André de Paula (PSD)  SIM ------>182 votos recebidos de Limoeiro
Augusto Coutinho (SD) SIM ------>26 votos recebidos de Limoeiro
Betinho Gomes (PSDB) SIM ------>72 votos recebidos de Limoeiro
Bruno Araújo (PSDB) SIM ------>53 votos recebidos de Limoeiro
Cadoca (PDT) SIM ------>41 votos recebidos de Limoeiro
Daniel Coelho (PSDB) SIM ------>412 votos recebidos de Limoeiro
Danilo Cabral (PSB) NÃO ------>570 votos recebidos de Limoeiro
*Eduardo da Fonte (PP) NÃO ------>1.572 votos recebidos de Limoeiro
Fernando Coelho Filho (PSB) SIM ------>32 votos recebidos de Limoeiro
Fernando Monteiro (PP) SIM ------>15 votos recebidos de Limoeiro
Gonzaga Patriota (PSB) NÃO ------>78 votos recebidos de Limoeiro
Jarbas Vasconcelos (PMDB) SIM ------>473 votos recebidos de Limoeiro
João Fernando Coutinho ( PSB) SIM ------>163 votos recebidos de Limoeiro
Jorge Côrte Real (PTB) SIM ------>199 votos recebidos de Limoeiro
Kaio Maniçoba (PMDB) SIM ------>23 votos recebidos de Limoeiro
Luciana Santos (PCdoB) NÃO ------>114 votos recebidos de Limoeiro
*Marinaldo Rosendo (PSB) SIM ------>4.921 votos recebidos de Limoeiro
*Mendonça Filho (DEM) SIM ------>1.324 votos recebidos de Limoeiro
Pastor Eurico (PHS) NÃO ------>718 votos recebidos de Limoeiro
*Ricardo Teobaldo (PTN) SIM  ------>14.952 votos recebidos de Limoeiro
Silvio Costa (PTdoB) NÃO ------>23 votos recebidos de Limoeiro
Tadeu Alencar (PSB) NÃO ------>133 votos recebidos de Limoeiro
Wolney Queiroz (PDT) NÃO ------>46 votos recebidos de Limoeiro


Reportagem – Eduardo Piovesan

Edição – Pierre Triboli


OBS.: Os Deputados marcados marcados de vermelho tiveram além dos votos, vereadores que os apoiaram. A lista dos deputados não pertencem a matéria original do site ItNet.

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