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Dia do Oftalmologista: veja o que há de mais avançado na área‏



No dia 07 de maio é comemorado o Dia do Oftalmologista, médicos que atuam na área da visão, que cada dia mais tem se desenvolvido e oferecido à população recursos inovadores. Desde a cirurgia de catarata ao transplante, passando por aquele déficit de visão que não deixa que o paciente enxergue bem de perto ou de longe. Já há algum tempo, muitos problemas oftalmológicos podem ser solucionados pela medicina com as mais avançadas tecnologias. Um exemplo é o laser, uma realidade cada vez mais frequente e que serve para diversos procedimentos. “A tecnologia é responsável por grande parte da evolução da área e nos auxilia no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos nossos pacientes. Isso permite uma melhor qualidade para eles com consequente melhor recuperação visual em muitas situações, pois conseguimos fazer diagnóstico mais precoce e preciso”, ressalta Dr. Bernardo Cavalcanti, do HOPE.

Cirurgia de catarata a laser – No HOPE, há, desde 2014, um verdadeiro centro de cirurgia de catarata a laser. Nele, um equipamento intitulado femtossegundo LenSx permite que todas as incisões na córnea e a fragmentaçã o do cristalino natural sejam realizadas totalmente a laser.  Isto significa que as etapas da cirurgia que antes eram realizadas manualmente pelo cirurgião — com uso de bisturi ou através de aparelhos de ultrassom —, agora são feitas com a precisão desta tecnologia. O principal diferencial do uso desta técnica é a excelência no processo cirúrgico com notável grau de precisão; maior personalização (procedimento sob medida para as especificações e necessidades de cada paciente); mais segurança, com a minimização de possíveis complicações intra e pós-operatórias e maior previsibilidade no posicionamento da lente intraocular, além de maior controle visual pelo médico, com sistema guiado p or imagem e visualização 3D. Combinando um microscópio de vídeo com um tomógrafo de coerência óptica (OCT), a tela cirúrgica fornece, em tempo real, a visualização tridimensional de todo o segmento anterior do olho durante o procedimento.
Segundo o oftalmologista Marcelo Ventura, a cirurgia de catarata permite, simultaneamente, o resgate da nitidez e a correção de erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e vista cansada), possibilitando uma boa visão de longe e de perto, sem a dependência dos óculos. “Isso porque o cristalino natural opaco é substituído por uma lente intraocular artificial de alta tecnologia. O laser de femtossegundo LenSx foi desenvolvido especificamente para a cirurgia de catarata e já utilizado em mais de 50.000 procedimentos realizados no mundo , sendo o primeiro a ser aprovado pelo FDA para esta finalidade”, informa.

Ceratocone – Outra indicação do laser é o tratamento do ceratocone, doença silenciosa e progressiva que costuma atingir, principalmente, pessoas na fase da adolescência. Esta patologia oftalmológica ocasiona baixa de visão progressiva podendo acarretar danos à visão do paciente e até, a longo prazo, a necessidade de transplante de córnea. Os principais sintomas são a visão borrada, imagens duplas, deformação de luzes, fotofobia e coc eira.  Quando detectado inicialmente, o tratamento indicado pelo médico é, geralmente,  o uso de óculos. Não havendo solução, lentes de contato. Caso não seja bem-sucedido, indica-se a cirurgia de implante de anéis, o crosslinking. De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Denízio Dantas, “Atualmente, dispomos de tratamentos menos traumáticos para o olho, como as lentes de contato, aplicação de raios ultra-violeta associados à vitamina B2, conhecido como crosslinking, os implantes de anéis de acrílico e os transplantes parciais da córnea”, esclarece. Em último caso, parte-se para o transplante total, realizado no HOPE com laser. Atualmente, os melhores índices em termos de resultado de transplante de córnea são nestes casos.

Cirurgia Refrativa – Cerca de 80% dos pacientes que procuram o oftalmologista tem problemas de visão. E, quase sempre são portadores dos chamados erros refracionais, como miopia, astigmatismo e hiper metropia.  A solução mais adotada é o uso dos convencionais óculos ou as lentes de contato.  Existe, entretanto, uma alternativa que pode significar a independência destes artifícios corrigindo os erros com segurança, precisão e resultados previsíveis: a cirurgia refrativa. Na década de 70, a cirurgia refrativa era feita por meio de incisões radiais e profundas na córnea, com lâminas. Atualmente, o método realizado é o de modelagem da córnea com aplicação de laser, que costuma ser aplicado no espaço aberto por uma espécie de bisturi super moderno. No HOPE, entretanto, a tecnologia é ainda mais avançada. Com o  equipamento FEMTO LDV, utilizado no hospital, essa abertura é feita sem necessidade de corte. Dessa forma, a cirurgia pode ser realizada em pacientes que não podiam realizá-la por apresentarem graus elevados em córneas muito finas. Além disso, permite uma recuperação mais rápida. A cirurgia é realizada com anestesia local, por meio de colírio, sem dor para o paciente.

Laser Pascal – Outra tecnologia adquirida pelo HOPE foi o Laser do tipo PASCAL para tratamento de doenças na retina. Este Laser possui uma tecnologia que permite a realização de múltiplos disparos simultâneos de maneira padronizada, possibilitando um tratamento bem mais rápido ao nosso paciente. “Além disso, este novo Laser dói menos do que o anterior, trazendo um maior conforto ao paciente, consequentemente o oftalmologista poderá tratar mais rápido e mais adequadamente os casos necessários”, explica Dr. Bernardo Cavalcanti. O equipamento também possui uma tecnologia que permite realizarmos a aplicação do Laser mais próxima da mácula, área da retina responsável pela visão central e detalhada. Essa possibilidade nos permite tratar melhor o edema macular secundário a doenças como a Retinopatia Dibaética e Serosa Central, pois uma área maior pode ser tratada com mais precisão e segurança, levando a um melhor resultado na visão deste paciente. Diversas doenças na retina se beneficiam destas tecnologias. A Diabetes é uma delas, sendo uma das principais causas de ceguei ra irreversível no país e no mundo, pois a doença sem controle acarreta no aparecimento da Retinopatia Diabética. A OCT com Angiografia permite avaliar melhor áreas de má perfusão dos vasos retinianos e também de quantificar essas áreas através de um novo software deste aparelho, situação que não é possível com a Angiografia tradicional. A Retinopatia Diabética também tem grande benefício com o novo Laser PASCAL, pois este tratamento em casos graves é fundamental para manutenção da visão do paciente; utilizando a tecnologia do Laser PASCAL, o paciente terá um tratamento com menos dor e mais rapidez, facilitando o tratamento para o oftalmologista com consequente mais qualidade ao paciente.

Transplantes e cirurgias – O HOPE, por exemplo, é pioneiro no Estado em uma  modalidade diferenciada de transplante de córnea: a que consiste no transplante da camada endotelial - o chamado endotélio -, a mais profunda delas. O transplante endotelial é indicado quando acontecem problemas como disfunções endoteliais congênitas (desde o nascimento), distrofia endotelial de Fuchs e causada por traumas, consequentes de cirurgias oculares. Desenvolvida no HOPE pelo oftalmologista Lúcio Maranhão, possui uma série de vantagens. Uma das maiores é o fato de, pelo endotélio aderir naturalmente a outras camadas da córnea, não precisar de pontos e não ocasionar alteração da superfície ocular. “Isto acarreta em consequências como menor tempo de recuperação, maior sobrevida do transplante, menor risco de infecção e de rejeição”, explica.

Há ainda uma técnica nova no Estado. Os médicos oftalmologistas Bernardo Cavalcanti e Lúcio Maranhão participaram, no ano de 2015, em Indianápolis, nos Estados Unidos, de um curso de transplante de córnea utilizando uma nova técnica revolucionária. Trata-se da chamada DMEK, um grande avanço na medicina oftalmo lógica, que permite uma menor incisão, além de menor quantidade de sutura – precisa de apenas uma e o transplante tradicional leva em média 16 suturas. As vantagens também se estendem para o pós-operatório, já que estudos indicam apenas 1% de rejeição com o método DMEK, em comparação com 20% nos transplantes tradicionais penetrantes.

O curso foi ministrado pelo renomado médico Dr. Francis Price. A nova técnica consiste na remoção de uma fina camada da córnea que contém a Membrana de Descemet e Endotélio (ambas são camadas do olho) das córneas doadas. Essa fina camada pode ser implantada por incisão de 3.0mm, enquanto o transplante endotelial requer em média uma abertura de 5.2mm. Essa técnica foi chama de DMEK e permite uma melhor e mais rápida recuperação visual. “No curso foram apresentadas as últimas novidades em relação à preparação do tecido doador, técnica de aplicação no enxerto no receptor, dados novos em relação à recuperação visual e reje ição”, explica Dr. Bernardo Cavalcanti.

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