A Oi enviou hoje um fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no qual informa que fechou um acordo de exclusividade com o grupo russo Letter One (L1). O negócio fechado foi uma contraproposta feita ao L1, que havia se disposto a investir até US$ 4 bilhões na Oi caso ela aceitasse uma fusão com a TIM.
Segundo uma comunicação da Oi datada de 26 de outubro, o Letter One, que tem como dono o bilionário russo Mikhail Fridman, havia se disposto a investir até US$ 4 bilhões na Oi, contanto que ela aceitasse realizar a fusão com a TIM.
No fato relevante comunicado hoje, a Oi afirmou que enviou uma contraproposta à L1, na qual sugeria que ambas as empresas se concedessem "mutuamente um direito de exclusividade, por um período de 07 meses contados de 23 de outubro de 2015, com relação a, especialmente, combinações de negócios envolvendo companhias de telecomunicações ou ativos de telecomunicações no Brasil".
A L1, por sua vez, aceitou a contraproposta. Como resultado, as negociações entre Oi e Letter One sobre a fusão com a TIM devem avançar ao longo dos próximos sete meses. O objetivo, segundo o comunicado da Oi, seria "possibilitar uma consolidação do setor de telecomunicações no mercado brasileiro".
Mercado dominado
De acordo com a consultoria Teleco, a Oi detém atualmente cerca de 17,8% do mercado de celulares no Brasil, e a TIM, 26,2%. Caso a fusão ocorra, a empresa resultante terá 44% do mercado, deixando a Vivo, atual líder de mercado com 29%, num distante segundo lugar.
Apesar dos acordos entre Oi e L1, contudo, a TIM ainda não recebeu nenhuma proposta concreta de fusão. Dada a duração do direito de exclusividade entre L1 e Oi, porém, é provável que a negociação se prolongue pelos próximos meses.
No ramo de telecomunicações, há muitos boatos recorrentes a respeito de compra, venda e fusão de operadoras. Dessa vez, Marco Patuano, o presidente da Telecom Italia – que é a responsável pela TIM Participações no Brasil –, disse que uma eventual junção com a Oi dependerá do marco regulatório da telefonia fixa no Brasil. Durante um evento do ramo, o executivo negou que a TIM já esteja negociando uma fusão com a Oi. De acordo com Patuano, firmar acordos com a outra operadora só poderá ser discutindo quando a as regras de comunicação fixa for atualizada, algo que é esperado para 2016. O presidente da Telecom Italia disse que é necessária uma quantidade monetária muito grande para investir nesse ramo. Portanto, gastar tanto dinheiro em algo que passará por mudanças pode não ser uma boa ideia. Em outras palavras, é delicado investir bilhões em um modelo que tem diversas incertezas.
Investimentos a longo prazo no Brasil “Não há problema que não se pode enfrentar. Podemos ver pelo outro lado, o real está barato para investidores em euro”, afirmou Patuano. Apesar da crise econômica e política do Brasil, o executivo disse que a TIM não deixará de investir no país.
Você acha que uma fusão da TIM com a Oi traria mais vantagens ao consumidor? Em outras palavras, a empresa investe a longo prazo e não vai deixar de aprimorar as suas operações em terras tupiniquins por conta de um cenário macroeconômico ruim e passageiro.
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