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Carro da Apple pode ser lançado em 2020



Pode até ser que demore um pouco, mas são grandes as chances de vermos carros com o símbolo da maçã mordida circulando por aí — e não será apenas um adesivo colado na lataria. Ontem, publicações do Financial Times e do The Wall Street Journal revelaram que a companhia está recrutando profissionais com experiência na indústria automotiva para trabalhar em uma instalação de pesquisa “secreta” da Apple, que fica fora do campus de Cupertino. De acordo com as fontes desses jornais, integrantes da equipe de design da Maçã têm se encontrado regularmente com executivos e especialistas da área nos últimos meses e já existem dezenas de pessoas trabalhando nesse laboratório misterioso em cima desse novo projeto, que está sendo chamado de “Project Titan”.

Sem perder sua identidade: Para que o conceito da marca não se perca nessa nova empreitada, a empresa parece estar misturando os experientes profissionais em automobilismo com funcionários veteranos “de casa”. Por exemplo, uma das pessoas responsáveis por tal projeto obscuro seria Steve Zadesky, que liderou o desenvolvimento de algumas versões do iPod e do iPhone. Os informantes também asseguram que tal iniciativa não se trata de mais um avanço ou desdobramento do CarPlay. A Apple realmente estaria trabalhando na criação de um veículo elétrico, o qual teria as características de uma minivan. Por fim, as fontes informaram que essa planta secreta estaria pronta para receber aproximadamente 1.000 colaboradores da Maçã, que trabalhariam no planejamento, prototipação e produção do “iCar” — se é que esse será o seu nome.

E dentro destes rumores o ex-CEO da General Motors, Dan Akerson, comentou sobre as dificuldades que aguardam a Maçã ao entrar na indústria automobilística. Em uma entrevista ao Bloomberg, ele afirmou que os trâmites do processo de criação de carros são muito mais complicados do que alguém de fora dessa área poderia imaginar. “Se eu fosse um acionista da Apple, eu não estaria muito feliz. Teria grandes receios sobre o prospecto de longo prazo de entrar em um negócio de pequena margem e fabricação pesada”, disse o executivo aposentado. Segundo ele, os requerimentos de regulamentação e segurança da indústria automobilística a tornam muito mais difícil do que as pessoas imaginam, e muitos que não estão no setor tendem a subestimar esse aspecto. “É melhor eles pensarem com cuidado se querem entrar na fabricação hardcore. Nós pegamos o aço, aço puro, e o transformamos em carro. Eles não fazem ideia de onde estão se metendo se querem mesmo entrar nessa”, afirma o ex-CEO. Por mais dinheiro que a Maçã tenha para investir, Akerson crê que participar da centenária indústria automotiva “não parece uma boa forma de ganhar mais”.

Cada macaco no seu galho: Akerson acredita que a situação atual da empresa de Cupertino é muito mais vantajosa para ela e que seria mais sensato se a Apple continuasse focada nos iPhones e iPads, que têm margens muito maiores do que os carros e não envolvem as mesmas questões de segurança. Segundo a Bloomberg, a Maçã ganhou US$ 18 bilhões em dezembro com uma margem bruta de 39,9%, enquanto a GM recebeu US$ 2 bilhões com 14% de margem bruta. Para Akerson, a Apple tem muito mais potencial caso decida realizar parcerias com fabricantes de carros para produzir seus sistemas operacionais eletrônicos e equipamentos de entretenimento – da mesma forma que as produtoras de automóveis compram faróis de outras fornecedoras. “Eu teria entrado nessa. Teria entregado [para a Maçã] a interconectividade e o infoentretenimento de todos os veículos da GM”, pontua.


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