Um segundo. Esse aparente curto intervalo de tempo pode fazer com que serviços das principais companhias de tecnologia parem de funcionar. É que o dia 30 de junho deste ano vai até as 23h59min60s – normalmente ele chega até as 23h59min59s. A medida foi estipulada pelo Observatório Internacional de Paris com o objetivo de sincronizar os relógios atômicos à rotação da Terra. Esta será a 26ª vez em que o ajuste será feito desde 1972. Acontece que nosso planeta sofre uma desaceleração de cerca de dois milésimos de segundo a cada dia ao rodar sobre seu próprio eixo – o que, em algum momento, “força” a calibração dos horários oficiais dos países. Os relógios atômicos, por trabalharem de forma programada, acabam não acompanhando de maneira precisa essas variações de rotação; cabe ao International Earth Rotation Service determinar o momento em que os ajustes devem ser feitos. Mas, afinal, por que empresas de tecnologia de todo o globo se preocupam tanto com o acréscimo de um segundo em apenas um dia do ano? Serviços que vão desde a localização por meio de GPS e atualizações de servidores até a realização de transações financeiras funcionam às custas do Network Time Protocol (NTP), que sincroniza computadores aos relógios atômicos de todo o mundo.
Não é a primeira vez: Em 2012, vale lembrar, empresas como Mozilla, Foursquare, Yelp, Reddit, LinkedIn e StumbleUpon, bem como o sistema operacional Linux e certos programas desenvolvidos em Java, chegaram a relatar falhas – na época, um dos dias do ano também teve um segundo a mais. Se os computadores não forem programados para lidar com a variação de tempo, os dados trocados entre servidores podem se desencontrar. “Transações financeiras precisamente cronometradas podem ser extraviadas ou veículos podem ser enviados a dezenas de metros para fora de sua posição real se o segundo previsto não for adicionado aos sistemas. É incrível como nosso mundo é tão interligado e frágil e o quanto nossos sistemas podem ser afetados por apenas um segundo”, comentaram especialistas estadunidenses durante uma conferência realizada em 2012, em Genebra.
Solução: De acordo com Antônio Carlos Morim, coordenador de pós-graduação de Inteligência Competitiva e Marketing da ESPM-Rio, soluções para estes problemas já têm sido desenvolvidas por empresas – a Google decidiu acrescentar milissegundos de forma gradual aos relógios de seu sistema para que falhas em seus serviços sejam evitadas. “Não é a primeira vez que isso acontece. Empresas já passaram por isso antes e tiveram tempo para se preparar. Basicamente todos os programas operacionais já têm um protocolo de ajuste de tempo”, comenta Morim. De 1972 a 1979, ao menos um segundo foi adicionado a cada ano. A partir de 1999, a calibração dos relógios atômicos foi realizada quatro vezes.
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