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Ponte Velha: Um Descaso de Gerações


Descaso. Indignação. Essas e muitas outras palavras são repetidas incansavelmente durante gerações sobre a preservação da Ponte Dr. Severino Pinheiro, mais conhecida pelos moradores do município de Limoeiro, agreste de Pernambuco, como “Ponte Velha”. Uma ponte construída no início do século passado e com muita história pra contar.
Toda a revolta da população vem com o abandono sofrido pela ponte, remendada com uma ou outra alegoria de tempos em tempos. A discussão gira em torno de um marco da história do povo limoeirense, sobrevivente da maior enchente já registrada no município ocorrida na década de 70. O rio Capibaribe, que corta a cidade, levou uma metade da ponte nessa época e por falta de recursos, o jeito foi improvisar e recuperar apenas o lado sobrevivente. A partir da década seguinte os terrenos vazios que existiam no lado destruído da ponte começaram a ser ocupados pelos comerciantes locais, sendo esse comportamento acatado pelos governantes do município nas décadas seguintes. Até alvará de apropriação desses terrenos foi liberado pela prefeitura local em uma das gestões, causando assim um problema que pesa na expansão do município nos dias atuais. A ponte possui apenas uma via de mão dupla controlada por semáforo para a circulação de veículos como carros, motos e bicicletas, e duas vias para pedestres em seus dois lados. Os ciclistas, por muitas vezes amedrontados pelo pequeno espaço de tempo entre a troca de sinais, utilizam as vias de pedestres, causando transtorno em quem passa por ali. Há também a imprudência de motoqueiros, que contornam vãos formados pela ausência do “gelo baiano” de proteção, e utilizam a via de pedestres para ganhar tempo, sem contar com vendedores ambulantes que também trafegam com suas carroças pelo espaço destinado apenas as pessoas.
O projeto de duplicação da ponte tornou-se inviável de sair do papel, mesmo tendo-se a base original do lado destruído da ponte visível em um dos lados. A apropriação indevida dos terrenos, somado aos descasos do passado geraram uma clínica médica de um lado e pequenos imóveis comerciais do outro. Com isso, seria necessária uma verba indenizatória para cada “dono” de estabelecimento, o que torna o projeto de altíssimo custo, uma vez que o recurso federal que poderia ser destinado à ampliação teria de levar em conta também essa indenização. “Uma ponte duplicada facilitaria o trânsito entre veículos e evitaria o desrespeito que sempre ocorre com os pedestres causado por ciclistas e motoqueiros.”, diz o cidadão que tem na ponte seu meio de locomoção para seu local de trabalho no centro da cidade.
Já a reforma, que durante gestões mais recentes apenas priorizou a iluminação e corrimões em um dos lados, alem de pequenos remendos no asfalto da pista central, não atende o suficiente para a população. As maiores reclamações nesse caso são a altura das varandas, baixas demais para a média de altura de quem transita, o escoamento da água da chuva nas vias para pedestres, que chegam a formas verdadeiras poças de lama, obrigando as pessoas a ir para a pista de veículos, além de buracos de tamanho considerável na área de veículos, que provoca em época de chuva verdadeiros banhos em quem atravessa a ponte. Da parte de trânsito, também é grande o desrespeito de muitos motoqueiros, grande parte moto-taxistas que não esperam o sinal onde é devido, bloqueando a área de entrada de pedestres em ambos os lados. A faixa de sinalização colocada pelo Detram anos antes já foi apagada pelo tempo e a guarda municipal pouco se importa com isso, preocupando-se apenas com pequenos delitos de trânsito que quase não tem alguma importância.Apesar de inúmeras promessas de campanha feitas por vereadores do município, esse descaso sem tamanho ainda não tem uma esperança de chegar ao fim. Resta agora esperar que as autoridades se conscientizem que essa duplicação só traria benefícios ao povo do município, facilitando rotas de veículos maiores que precisam contornar um grande trecho e cruzar pela “Ponte Nova”, que só ganhou tamanho considerável por ter uma rodovia federal no seu trajet


Matéria: Mister V

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2 Comentários

  1. Jônatas Félix da Silva15 de maio de 2009 às 22:22

    Muito boa a postagem! Porque colocastes uma foto da ponte nova ao invés de uma da ponte velha?

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  2. Opa amigo, desculpe a foto mais é que no momento não tinha nem uma da ponte velha. Vou providenciar uma e colocar no lugar. Abração.
    Volte Sempre

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