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O jogo do copo

Um simples e aparentemente inofensivo jogo, em que em cima de uma mesa é colocado um copo, à volta do qual se forma um círculo com as várias letras do abecedário, para que o copo alegadamente por si só se possa dirigir às letras e formar palavras em resposta às perguntas feitas pelos jogadores, está a deixar os praticantes, na maioria jovens, bastante transtornados, ao ponto de tentarem suicidar-se ou terem de recorrer a psiquiatras.
À partida parece absurdo a uma pessoa comum que um copo virado para baixo, apenas com a ajuda da energia de cada um, colocando o dedo indicador na borda, se possa deslocar sozinho na direcção das letras e formar frases que supostamente seriam as respostas às perguntas feitas, mas é isso mesmo que acreditam os jovens que praticam o chamado “jogo do copo”. Para os leigos, o “jogo do copo” passa a ser muito curioso, porque sentem a oportunidade de ter uma prova da existência de espíritos e de poder comunicar com eles.
Contudo, o jogo “pode ter graves consequências”, alerta a Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal (ADEP), com sede nas Caldas da Rainha, que tem recebido no seu sítio na Internet uma grande quantidade de mensagens sobre este jogo.
José Lucas, da ADEP, esclarece que não se trata de uma sessão espírita nem uma prática corrente do espiritismo, sendo uma prática mediúnica e “um meio de comunicação entre o mundo visível e o mundo invisível, que nada tem de mal quando usado nos locais próprios, por pessoas devidamente preparadas e para efeitos de assuntos sérios”.
Não é jogo nenhum, não é nada mais que um meio de comunicação com o mundo espiritual, onde é usado um copo como "guia" e um conjunto de letras e algarismos para ser possível a formação de palavras ou quantidades. O mal está no seu uso por pessoas impreparadas, para satisfação de curiosidades”, indicou.
Segundo sustentou, “este tipo de actividade é muito perigosa e não deve ser efectuada, pois a pessoa corre perigo de obsessão espiritual. Como é uma prática fútil, sem objectivos nobres, focalizando apenas a curiosidade, são os espíritos inferiores e por vezes obstinados no mal que se apresentam, pois os espíritos bons e nobres não perdem tempo com futilidades”.
José Lucas disse conhecer “variadíssimos casos de obsessão espiritual por parte de pessoas que brincaram com este tipo de assuntos sem terem preparação para tal, e posteriormente demoraram muito tempo a libertarem-se dessa situação”.
Relatos de vários jovens com problemas psiquiátricos devido ao “jogo do copo” chegaram também à Associação Cultural Espírita (ACE), com sede nas Caldas da Rainha. Ana Oliveira, presidente da ACE, reconheceu que “muitas vezes os espíritos que se manifestam são brincalhões e provocam problemas aos jovens”.
O objectivo dos jovens é terem certeza de que há comunicabilidade com os espíritos, acham engraçado o copo mexer-se, ir direito às letras e formar frases, só que às vezes fazem perguntas sobre as famílias e ficam transtornados com as respostas. Por exemplo, recebem respostas de que um amigo vai morrer e às vezes as coisas acontecem e eles ficam com medo e em pânico”, explicou, elucidando que “no espiritismo nós nunca fazemos perguntas aos espíritos”.
O que parecia ser um simples jogo já teve consequências graves, com os jovens perturbados a terem de recorrer a psiquiatras”, relatou Ana Oliveira.
Curiosidade
Em Portugal existem centenas de relatos de experiências mal sucedidas e noutros países também o “jogo” fez polémica, tendo inspirado em Inglaterra um filme de terror intitulado “O jogo dos espíritos” e no Brasil deu origem à publicação do livro “Copos que andam”.
A curiosidade começa nas escolas e tornou-se “moda” e muitos são os que se questionam se serão os “copos que andam” apenas uma "ingénua" brincadeira.
Sofia, de 15 anos, fez uma sessão mediúnica para tentar falar com os espíritos e assim tentar saber notícias do seu primo, falecido num desastre de moto. Juntou-se mais uns amigos e ao perguntar quem estava presente, diz que a resposta foi "Satanás". Sofia ficou assustadíssima, não conseguia dormir, pois acreditava que tinha comunicado com o diabo.
Vera, de 17 anos, mostra-se confusa com o resultado, pois acha que falou com espíritos “bons e maus”, não sabendo se deve acreditar na conversa que diz ter mantido, ao longo da qual se assustou quando um dos espíritos a terá alertado para não rir durante a sessão.
Daniela conta que está “obcecada” pelo jogo e quando tem um “furo” na escola vai jogar com alguns amigos, mas tem receio e dúvidas se lhe pode acontecer alguma coisa de mal.
Outra jovem relata que “conheço um pequeno grupo de jovens que fizeram por várias vezes o jogo. Uma das jovens tinha perdido a mãe e num dos dias um dos espíritos anunciou ser sua mãe e começou a levar a jovem a revoltar-se contra o pai. Passou a ser péssima aluna, agressiva com todos e quase à beira da loucura. Levada a um bom psicólogo aos poucos foi-se abrindo e acabou por dizer que o espírito da mãe lhe dissera para se suicidar. Outra das jovens do grupo passou a sofrer de pânico. Não ia às aulas, passando a não dormir dias seguidos. Um dia tomou uma caixa inteira de comprimidos e foi levada ao hospital. Os outros elementos do grupo tiveram também de recorrer a tratamento psiquiátrico”.
Outra rapariga conta que “tenho 17 anos e quis experimentar o jogo por mera curiosidade. Tive um caso com um espírito que dizia que me amava. Ele fazia-me sofrer imensos e até tentou matar-me. Pedi ajuda a uma espiritualista, que me disse que eu estava a ser "chateada" por um demónio para levar a minha alma para o inferno. Ele ainda continua a "chatear-me", sendo às vezes impossível dormir à noite por sentir presenças más no meu quarto. O meu conselho é que nunca se metam a fazer esse tipo de jogos porque senão a vossa vida torna-se como a minha: um inferno”.
Mais uma jovem apavorada: “Uma amiga minha perguntou em que dia ia morrer e o copo dirigiu-se ao número 5. Ficámos todos aterrorizados. Será que vai morrer daqui a 5 anos? Ou num dia 5? Num mês 5 (ou seja Maio)?”.
Era extremamente céptico quanto a isso mas muito curioso também. Acabei por matar a minha curiosidade ao fazer o jogo, mais do que uma vez. O mais esquisito que acontecia comigo era sair do jogo completamente sem forças físicas, ao ponto de chegar a cair no chão, sentir tonturas e dores de cabeça”, descreve um rapaz praticante.

Explicação científica




Não há uma explicação cientificamente provada que diga porque é que os copos se mexem, como afirma a maioria dos praticantes do jogo.
Para alguns, o movimento não é mais do que a mera transferência de energias de uns para outros, passando pelo copo. Uns têm as energias mais fortes que outros, atraindo o copo para si.
Outros sustentam que para conhecer porque se move o copo, basta estudar a Física. O copo move-se seja sobre que material for. Há quem explique que o copo causa fricção em certos materiais e faz com que se desloque sozinho, sugerindo a quem não acredite que tente fazer o jogo do copo em materiais tipo alumínio, ferro ou azulejo.
Fácil de fazer
O “jogo do copo” é fácil de fazer. Só é preciso escrever em pequenos quadrados de papel, com aproximadamente 3x3 cm, as letras do alfabeto e os números de zero a nove. Deve-se escrever também um “sim” e um “não”. As letras e os números são colocados por ordem numa mesa e o “sim” e o “não” mais ao meio. Depois coloca-se um copo no centro da mesa. Quando for para começar os jogadores devem dar as mãos e concentrarem-se. Quando já estiverem todos concentrados devem colocar o dedo indicador na borda do copo e iniciar as perguntas.

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4 Comentários

  1. Achei esse site muito interessante porque mostra o quanto é perigoso esse tipo de brincadeira.eu ia fazer o jogo mais meu padrasto atrapalhou na hora e nao me deixou fazer dizendo que era muito perigoso. mais um dia eu vou ter a oportunidade de fazer essa brincadeira mais esse site me ajudou muito me dizendo o quanto é mesmo perigoso. Obrigado e parabéns a quem criou o blog.

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  2. Obrigado Yzabella, sempre busco fazer deste espaço um lugar único e descontraido. Você já ouviu falar no Jogo do compaço? Ele é quase igual ao do copo a única diferença é que em vez do copo é um compaço que gira em um circulo.

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  3. Olá, sou brasileira. Fiz o tal jogo ontem e hoje, e em todas as vezes deu certo. no primeiro, apareceu um espírito dizendo que era da Bélgica, tinha morrido em 1347, aos 6 anos de idade, e quem o matou foi o próprio pai. Aconteceu que, sua mãe traiu seu pai, este ficou louco e matou o garoto à facadas, e a mulher, enforcada. Trancou os cadáveres no banheiro. O garoto disse que estava preso no banheiro frio e escuro até os dias de hoje. Um dia depois, fiz o jogo de novo. O espírito que apareceu, classificava-se como ruim. Disse que fizeram macumba para o meu primo, que meu irmão ainda usava drogas, e mais barbaridades. Não me abalou, mas confesso que me viciei no contato com o pessoal do lado de lá. Quem não for corajoso, não tente, pois é verdadeiro e pode ser atormentador!
    Parabéns ao autor do blog, pois é importante a abordagem do assunto.

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  4. Rafaella Rocha, eu já fiz o do compasso e segue a mesma temática. Muitos diriam que é farsa, mas eu acredito no que vi e achei muito real. Nunca mais tentei e cabei deixando de lado, mas pretendo um dia fazer novamente.

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